domingo, 11 de maio de 2008

Lobato intelectual e ao mesmo tempo racista.

José Bento Renato Monteiro Lobato, foi um dos mais influentes escritores brasileiros do século XX. Mais conhecido por suas obras infantis , mas também escreveu vários romances e contos para adultos.

Monteiro Lobato faz severas reflexões sobre a monocultura brasileira, presumia que o caboclo de mentalidade atrasada e traços caipiras eram predominantes do interior, e também presentes nas cidades grandes. Denominava este de uma velha praga, piolho da terra, ser parasita, alienado e inadaptável à civilização, mais precisamente, "funesto parasita da terra".

O presidente negro’ (livro realizado a partir da provável leitura de Gustave Le Bon Evolução da força e Evolução da matéria) foi publicado em 1926, em vinte partes, no jornal A Manhã. O livro não é apenas um choque de raças, mas mostra a simpatia que o escritor do Sitio do Pica-pau Amarelo tinha com a eugenia(teoria racista que pregava a pureza das raças). Eugenia era pregada pelos intelectuais brasileiros entre os anos 20 e 30. Eles tinham a convicção que o atraso do país provinha da mestiçagem. O racismo fica nítido até nas obras infantis de Lobato, Emília se refere a Tia Anastásia como – Nega beiçuda- e o tio Barbamé como grande mono(palavra que tem o sentido de macaco).

O escritos larga a idéia de eugenia quando Hitler pregou o extermínio da raça impura, prova disso que em “ A chave do tamanho”(1942) a mesma Emília racista dá um sermão em Hitler. No livro tudo teve início porque Dona Benta andava arrasada com os horrores da guerra e a sua tristeza entristecia o Sítio do Picapau, outrora tão alegre e feliz. E foi justamente por causa dessa tristeza que Emília planejou e realizou a mais tremenda aventura. Querendo acabar com a guerra, por um triz a boneca não acabou com a humanidade inteira.



”Toda obra deve gerar dúvidas...”

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